segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Biologia Animal (Poríferos e Cnidários)

Reino Animale

Atualmente são conhecidas cerca de 1 milhão de espécies pertencentes ao Reino Animal, abrangendo todos os animais, por possuírem características comuns: organismos eucariontes multicelulares heterótrofos, além de obter seus alimentos do meio onde vivem, por ingestão. Podemos encontrar algumas exceções entre os animais devido a fatores como a adaptação, como por exemplo, os endoparasitas que perderam a capacidade de ingerir alimentos e os obtêm por absorção direta dos líquidos do corpo do hospedeiro.

Poríferos

Os poríferos ou Porifera (do latim porus, poro + phoros, portador de) é um filo do reino Animalia, sub-reino Parazoa, onde se enquadram os animais conhecidos como esponjas. Os poríferos, também conhecidos como espongiários ou simplesmente esponjas, surgiram provavelmente há cerca de 1 bilhão de anos. Supõe-se que eles sejam originados de seres unicelulares e heterótrofos que se agrupam em colônias.
São animais invertebrados, multicelulares, mas suas células não formam tecidos bem definidos e muito menos se estruturam em órgãos, porém sua constituição é muito simples, vivem em  habitat aquático, predominantemente marinhos, vivendo presos nas rochas, nas conchas ou outros substratos do fundo do mar ou dos rios. Geralmente vivem em colônias, possuem tamanho variado e coloração diversificada.
As espículas são responsáveis pela sustentação do corpo das esponjas, podem ser de calcário, sílica ou de fibras de espongina.
Esses animais não possuem órgãos especializados para digestão, excreção ou reprodução. Todas essas funções são realizadas por diferentes células. São considerados parazoas: animais fora do padrão normal, sem órgãos, ânus e boca. Não existem órgãos, e as esponjas possuem basicamente dois tipos de células: coanócitos e os amebócitos.
Coanócitos são células que possuem flagelo e também uma espécie de colarinho em forme de funil, daí o nome de origem grega: choane (funil) e kytos (célula).
Amebócitos são células que lembram amebas, essas células se locomovem livremente por meio de movimentos semelhantes de uma ameba.
Veja as figuras abaixo:

                       
Coanócitos
Amebócitos

As esponjas são chamadas de animais filtradores, pois seu corpo parece com uma peneira ou filtro; à medida que a água passa por seus poros, as pequenas partículas de alimentos são retidas ou seja, se alimentam de minúsculos organismos que vivem na água (bactérias, algas e protozoários), como não possuem órgãos a digestão é intracelular. Os coanócitos movimentam os flagelos e fazem uma corrente de água penetrar pelos poros do corpo animal, a água que atravessa os poros passa pela cavidade central, o átrio e sai por uma abertura situada na parte de cima, o ósculo. Durante esse processo é feita a filtração da água e os amebócitos, que também ajudam na digestão das partículas de alimento, distribuem alimento para outras células.




Existem três formas distintas de organizações corporais, baseadas no sistema aqüífero:
- Ascanóide: São as mais simples, tem a forma de um vaso de parede fina, os canais dos porócitos que perfuram a parede atingem diretamente a espongiocela. A movimentação dos flagelos dos coanócitos força a expulsão da água pelo ósculo.
- Siconóides: Tem copo tubular, parede mais espessa com fendas que levam a canais aferentes, nas paredes dos quais se localizam os porócitos. Estes se comunicam com canais radias. A movimentação dos flagelos dos coanócitos dos canais radiais força a água a passar para a espogiocela, que não apresenta revestimento de coanócitos .
- Leoconóides: Tem a parede muito espessa onde há aberturas que levam a canis aferentes, os quais desembocam em câmaras revestidas de coanócitos, as câmaras vibráteis que se comunicam por canais eferentes com a espongiocela que é um canal estreito e sem coanócitos. A movimentação da água pelos coanócitos das câmaras vibráteis faz a água circular no corpo da esponja.
A reprodução das esponjas pode ser assexuada ou sexuada:
- Reprodução assexuada: ocorre pela formação de brotos, fissão, regeneração ou de estruturas resistentes ao frio e a dessecação, chamadas gêmulas (são formadas por uma massa de arqueócitos envolvidos em uma camada espessa de espongina e microscleras. As gêmulas são produzidas por esponjas de água doce e apenas algumas espécies marinhas). A reprodução por brotamento consiste na formação de brotos que podem se liberar e formar um novo indivíduo ou através da liberação de um agregado de células essenciais (amebócitos). Regeneração pode ocorrer em algumas esponjas que  promovem uma constrição próximo à base de suas ramificações, que se destacam e regeneram um novo indivíduo. Pedaços de esponjas removidos podem ser regenerados. Estes pedaços se fixados artificialmente em substrato sólido e mantidos em ambiente favorável podem regenerar novas colônias de esponjas. Esponjas vivas fragmentadas, através da separação das suas células, podem se reorganizar, formando várias novas esponjas.
- Reprodução sexuadaalgumas esponjas são dióicas (sexos separados) e outras são monóicas(hermafroditas). não há gônadas para a formação de gametas, sendo estes originados pelos asqueócitos. A fecundação (interna) e as primeiras fases do desenvolvimento embrionário ocorrem no interior do organismo materno.





                         
Reprodução Assexuada
                                        

O Filo Porifera geralmente é dividido em três classes:
Classe Hexactinellida – esponjas-de-vidro, têm organização corporal do tipo siconóide, espículas silicosas com 6 raios (hexactinas), separadas ou unidas em rede, alguns esqueletos assemelham-se a fios de vidro; são as mais simétricas e individualizadas entre as esponjas; coanócitos somente em câmaras digitiformes; corpo geralmente cilíndrico, xícara, vaso ou urna.
Tamanho médio entre 30 e 40 cm, mas podem atingir 1,0 metro de altura; coloração pálida.
Há um átrio bem desenvolvido com um único ósculo o qual pode às vezes, estar coberto por uma placa crivada formada por espículas fundidas.
Revestimento superficial não apresenta pinacócitos, mas sim uma rede sincicial (massa multinucleada) formada pelos pseudópodos de amebócitos; longas espículas projetam-se através da rede sincicial.
São esponjas exclusivamente marinhas de águas profundas, entre 450 e 900 metros de profundidade, chegando até 5000 metros, podem ser encontradas em todos os oceanos, mas são mais comuns no Antártico.
Classe Demospongiae – Apresentam esqueleto de espículas silicosas, de espongina, de ambas, ou ausente. As espículas geral mente são monoaxônicas e tetraxônicas. Têm organização corporal do tipo leuconóide.
Representam 95% das espécies de esponjas. Estão distribuídas desde águas rasa até grandes profundidades; coloração brilhante com diferentes cores e toda uma graduação de matizes.
Apresentam os mais diversos padrões de crescimento, podem ser: incrustantes, ramificadas verticalmente, foliáceas, forma de urna  ou tubular.
As esponjas de água doce pertencem principalmente à família Spongillidae, que contém a maioria das espécies. Esta família está distribuída por todo o mundo vivendo em lagos, rios, lagoas e nos oceanos.
As espongilídeas contêm as conhecidas esponjas-de-banho, cujo esqueleto é composto apenas de fibras de espongina.
As esclerosponjas são encontradas em grutas e túneis associados a recifes de coral, apresentam um invólucro externo de carbonato de cálcio e esqueleto formado por espículas silicosas e fibras de espongina. Numerosos ósculos abrem-se na superfície calcária. Esta esponjas que  formavam uma classe de, atualmente estão incluídas na classe Demospongiae.
Classe Calcarea  - esponjas calcárias. Possuem espículas de carbonato de cálcio do tipo mono, tri ou tetráxonas e encontram-se geralmente separadas umas das outras. Apresentam os três tipos de organização corporal: asconóide, siconóide e leuconóide.
Têm cor geralmente apagada, mas algumas espécies podem ser amarelo-brilhante, vermelhas ou lavanda. São de porte pequeno, a maioria com 10 cm de altura.
São exclusivamente marinhas e ocorrem em todos os oceanos do mundo. Vivem preferencialmente nas águas costeiras e rasas.

As esponjas apresentam grande capacidade de regeneração, basta que algumas células da espoja se separem das demais para que elas regenerem uma nova esponja.


Cnidários

Os cnidários (Cnidaria, do grego knidos, urticante que queima e do latim aria, sufixo plural), o nome desse filo vem da irritação semelhante de uma queimadura provocada pelos tentáculos desses animais, são animais aquáticos que inclui as hidras de água doce, medusas, alforrecas ou águas-vivas, que são normalmente oceânicas, os corais, anémonas-do-mar e as caravelas.
Primeiros animais pluricelulares da Terra a apresentarem corpo com tecidos organizados e um princípio de aparelho digestório. Podem viver em colônias e possuem funções definidas, a maioria dos cnidários passa por duas fases no seu ciclo de vida: uma fase conhecida por pólipo e a outra medusa.
Também conhecidos por celenterados e se deve ao fato de que esses animais possuem quase todo o corpo oco, ou seja o corpo é ocupado por uma cavidade digestiva, o que possibilita a ingestão de alimentos grandes, sendo que essa cavidade se comunica com o exterior através de uma única abertura (boca e ânus), portanto o tubo digestivo é incompleto. Os cnidários possuem digestão intracelular e extracelular, a digestão extracelular ocorre quando o alimento vai para uma cavidade que recebe substâncias digestivas, a digestão na cavidade digestiva não é bem feita, pois lá estão misturados alimentos que entrataram pela boca com os restos que sairão também pela boca, pois os cnidários não tem ânus.
Por isso, o alimento terá a digestão completada dentro das células, sendo esta a parte da digestão intracelular. O corpo dos celenterados apresenta duas camadas celulares, separadas por uma mesogléia gelatinosa: a epiderme (externa) e a gastroderme (interna), que possuem células contráteis e sensoriais. Formam estruturas rochosas conhecidas por recife de corais, apresentam células  de cnidoblastos, que produzem uma substância urticante, utilizada para defesa e captura de pequenos animais utilizados como alimento. O cnidoblastos esta localizado nos tentáculos (único tentáculo pode possuir milhares de cnidoblastos) e ao redor da boca.
Quando o cnidoblastos é tocado, injeta substâncias tóxicas e pode causar paralisação ou morte no caso de pequenos animais atingidos (crustáceos, peixes ou vermes), em seres humanos podem causar sérias queimaduras.

Pólipos
Possuem o corpo cilíndrico, com extremidade inferior fechada, por onde o animal se fixa a um substrato qualquer, a outra extremidade é aberta e nela há uma boca, geralmente rodeada por tentáculos, podem viver isolados ou em colônias.



Medusa
Possuem um corpo gelatinoso em forma de guarda-chuva com a boca localizada na parte inferior, tendo vida livre e nada ativamente, possui tentáculos longos que são distribuídos ao redor da boca e nas bordas do corpo, algumas são microscópicas mas há espécies muito grandes cujos tentáculos chegam atingir vários metros de comprimento.



A reprodução dos cnidários pode ser assexuada ou sexuada. A reprodução sexuada dá-se na fase medusa (com exceção dos antozoários, os corais e as anêmonas-do-mar, e hidra e algumas outras espécies que não desenvolvem nunca a fase de medusa): os machos e fêmeas libertam os produtos sexuais na água e ali se conjugam, dando origem aos zigotos.
Reprodução Assexuada - Brotamento:
Muitos pólipos podem se reproduzir assexuadamente por brotamento. Nesse processo a parede do corpo sofre uma evaginação, formando um broto que cresce e, após algum tempo, forma tentáculos e boca. Finalmente a base do broto se estrangula e o pequeno pólipo se destaca do genitor, tornando-se independente. Esse tipo de reprodução é comum em hidras de água doce e em certas anêmonas marinhas.
Reprodução Sexuada:
Todos os cnidários apresentam reprodução sexuada. Entretanto há espécies dióicas e monóicas. Os espermatozóides e os óvulos se formam a partir das células intersticiais. Os espermatozóides são libertados na água e nadam à procura do óvulo. Este, em certas espécies, também é liberado na água; em outras, porém, fica aderido ao corpo da mãe.
A fecundação do óvulo por um espermatozóide origina o zigoto, que produz um embrião. Este se desenvolve e origina as formas adultas. Certas espécies de cnidários apresentam desenvolvimento direto. O zigoto origina diretamente um novo indivíduo, semelhante aos pais. O filo está dividido em quatro classes de organismos:
- Anthozoa (antozoários) - as anémonas-do-mar e corais verdadeiros;
- Scyphozoa (cifozoários) - as verdadeiras águas vivas;
- Cubozoa (cubomedusas) - as medusas em forma de cubo.
- Hydrozoa (hidrozoários) - as hidras, algumas medusas, a garrafa-azul (caravela-portugues) e os corais-de-fogo;
Antozoários -  os mais conhecidos são as anêmonas-do-mar e os corais, apresentam apenas as formas polipoides. As anêmonas são pólipos solitários. Existem varias espécies coloniais. Os corais são ligeiramente coloniais; seus pólipos lembram pequenas anêmonas e produzem um esqueleto de carbonato de cálcio, que resiste após a morte do animal. Cada pólipo acumula, na mesogléia da base do corpo, substancias calcarias que fornecem sustentação esquelética. São abundantes nos mares tropicais onde, formam enormes recifes.


Cifozoários - são cnidários marinhos em que a forma meduzoide é a predominante no ciclo de vida. A maioria das águas-vivas são cifozoários. As meduzas dos cifozoários são organismos sexuados, geralmente dióicos (sexo separado).



Cubozoarios - são marinhos em que predominam a forma de medusa a medusa cubozoaria é relativamente compacta e lembra um sino de forma cúbica, eles são capazes de nadar eficientemente pela expulsão de jatos de água. Alguns sistemas de classificação consideram os cubozoarios uma subclasse de cifozoários.





Hidrozoários - a maioria vive em água salgada é a forma polipoide que predomina no seu ciclo de vida, na maioria das espécies os pólipos originam, assexuadamente, pequenas medusas de vida curta, estas se reproduzem sexuadamente, originando novos pólipos. Certos Hidrozoários formam colônias.




Veja imagens da reprodução dos Cnidários:






Curiosidade:


Em uma geração os indivíduos são pólipos, que se reproduzem assexuadamente e originam medusas. Essas, reproduzem-se sexuadamente e originam pólipos, é a chamada alternâncias de gerações.



Vídeo: Poríferos e Cnidários



Biologia Vegetal (Gimnospermas e Angiospermas)

Reino Plantae

As plantas são seres pluricelulares e eucariontes. Nesses aspectos elas são semelhantes aos animais e a muitos tipos de fungos; entretanto, têm uma característica que as distingue desses seres - são autotróficas, seres autotróficos são aqueles que produzem o próprio alimento pelo processo da fotossíntese.
Utilizando a luz, ou seja, a energia luminosa, as plantas produzem a glicose, matéria orgânica formada a partir da água e do gás carbônico que obtêm do alimento, e liberam o gás oxigênio.
As plantas cobrem boa parte dos ambientes terrestres do planeta. Mas na realidade existem vários tipos de planta e elas ocupam os mais diversos ambientes.

 Gimnospermas

As gimnospermas (do grego Gymnos: 'nu'; e sperma: 'semente') são plantas terrestres que vivem, preferencialmente, em ambientes de clima frio ou temperado. No Brasil estão localizadas principalmente na mata das Araucárias no sul do país (pinheiro-do-paraná) e são muito utilizadas como plantas ornamentais em jardins de casas e em praças públicas. Há produção de sementes: elas se originam nos estróbilos femininos. No entanto, as gimnospermas não produzem frutos. Suas sementes são "nuas", ou seja, não ficam encerradas em frutos.       
As gimnospermas do grupo das coníferas são muito utilizadas na extração de madeira, papel, gomas e resinas que são usadas como substâncias anti-sépticas.

Reprodução das gimnospermas

O pinheiro-do-paraná (Araucária angustifólia) como modelo para explicar a reprodução das gimnospermas. Nessa planta os sexos são separados: a que possui estróbilos masculinos não possuem estróbilos femininos e vice-versa. Em outras gimnospermas, os dois tipos de estróbilos podem ocorrer numa mesma planta.
O estróbilo masculino produz pequenos esporos chamados grãos de pólen. O estróbilo feminino produz estruturas denominadas óvulos. No interior de um óvulo maduro surge um grande esporo. Quando um estróbilo masculino se abre e libera grande quantidade de grãos de pólen, esses grãos se espalham no ambiente e podem ser levados pelo vento até o estróbilo feminino. Então, um grão de pólen pode formar uma espécie de tubo, o tubo polínico, onde se origina o núcleo espermático, que é o gameta masculino. O tubo polínico cresce até alcançar o óvulo, no qual introduz o núcleo espermático.
No interior do óvulo, o grande esporo que ele abriga se desenvolve e forma uma estrutura que guarda a oosfera, o gameta feminino. Uma vez no interior do óvulo, o núcleo espermático fecunda a oosfera, formando o zigoto. Este, por sua vez, se desenvolve, originando um embrião. À medida que o embrião se forma, o óvulo se transforma em semente, estrutura que contém e protege o embrião.

                                      Araucárias                                   
Cones ou estróbilos


Ciclo de reprodução
Nos pinheiros, as sementes são chamadas pinhões. Uma vez formados os pinhões, o cone feminino passa a ser chamado pinha. Se espalhadas na natureza por algum agente disseminador, as sementes podem germinar. Ao germinar, cada semente origina uma nova planta.
A semente pode ser entendida como uma espécie de "fortaleza biológica", que abriga e protege o embrião contra desidratação, calor, frio e ação de certos parasitas. Além disso, as sementes armazenam reservas nutritivas, que alimentam o embrião e garantem o seu desenvolvimento até que as primeiras folhas sejam formadas. A partir daí, a nova planta fabrica seu próprio alimento pela fotossíntese.

A pinha e a semente (pinhão) da Araucária



Vídeo sobre Gimnospermas:




Angiospermas

Atualmente são conhecidas cerca de 350 mil espécies de plantas - desse total, mais de 250 mil são angiospermas.
A palavra angiosperma vem do grego angeios, que significa 'bolsa', e sperma, 'semente'. Essas plantas representam o grupo mais variado em número de espécies entre os componentes do reino Plantae ou Metaphyta.

Flores e frutos: aquisições evolutivas
As angiospermas produzem raiz, caule, folha, flor, semente e fruto. Considerando essas estruturas, perceba que, em relação às gimnospermas, as angiospermas apresentam duas "novidades": as flores e os frutos.




A flor e o fruto do maracujá

As flores podem ser vistosas tanto pelo colorido quanto pela forma; muitas vezes também exalam odor agradável e produzem um líquido açucarado - o néctar - que serve de alimento para as abelhas e outros animais. Há também flores que não têm peças coloridas, não são perfumadas e nem produzem néctar. Coloridas e perfumadas ou não, é das flores que as angiospermas produzem sementes e frutos.
As partes da flor
Os órgãos de suporte – órgãos que sustentam a flor, tais como:
• pedúnculo – liga a flor ao resto do ramo.
• receptáculo – dilatação na zona terminal do pedúnculo, onde se inserem as restantes peças florais.

Órgãos de proteção
Órgãos que envolvem as peças reprodutoras propriamente ditas, protegendo-as e ajudando a atrair animais polinizadores. O conjunto dos órgãos de proteção designa-se perianto. Uma flor sem perianto diz-se nua.
cálice – conjunto de sépalas, as peças florais mais parecidas com folhas, pois geralmente são verdes. A sua função é proteger a flor quando em botão. A flor sem sépalas diz-se assépala. Se todo o perianto apresentar o mesmo aspecto (tépalas), e for semelhante a sépalas diz-se sepalóide. Neste caso diz-se que o perianto é indiferenciado.
corola – conjunto de pétalas, peças florais geralmente coloridas e perfumadas, com glândulas produtoras de néctar na sua base, para atrair animais. A flor sem pétalas diz-se apétala. Se todo o perianto for igual (tépalas), e for semelhante a pétalas diz-se petalóide. Também neste caso, o perianto se designa indiferenciado.

Órgãos de reprodução
Folhas férteis modificadas, localizadas mais ao centro da flor e designadas esporófilos. As folhas férteis masculinas formam o anel mais externo e as folhas férteis femininas o interno.
androceu – parte masculina da flor, é o conjunto dos estames. Os estames são folhas modificadas, ou esporófilos, pois sustentam esporângios. São constituídas por um filete (corresponde ao pecíolo da folha) e pela antera (corresponde ao limbo da folha);
gineceu – parte feminina da flor, é o conjunto de carpelos. Cada carpelo, ou esporófilo feminino, é constituído por uma zona alargada oca inferior designada ovário, local que contém óvulos. Após a fecundação, as paredes do ovário formam o fruto. O carpelo prolonga-se por uma zona estreita, o estilete, e termina numa zona alargada que recebe os grãos de pólen, designada estigma. Geralmente o estigma é mais alto que as anteras, de modo a dificultar a autopolinização.
Os frutos contêm e protegem as sementes e auxiliam na dispersão na natureza. Muitas vezes eles são coloridos, suculentos e atraem animais diversos, que os utiliza como alimento. As sementes engolidas pelos animais costumam atravessar o tubo digestivo intactas e são eliminadas no ambiente com as fezes, em geral em locais distantes da planta-mãe, pelo vento, por exemplo. Isso favorece a espécie na conquista de novos territórios.



Os dois grandes grupos de angiospermas:
As angiospermas foram subdivididas em duas classes: as monocotiledôneas e as dicotiledôneas.
São exemplos de angiospermas monocotiledôneas: capim, cana-de-açúcar, milho, arroz, trigo, aveias, cevada, bambu, centeio, lírio, alho, cebola, banana, bromélias e orquídeas.
São exemplos de angiospermas dicotiledôneas: feijão, amendoim, soja, ervilha, lentilha, grão-de-bico, pau-brasil, ipê, peroba, mogno, cerejeira, abacateiro, acerola, roseira, morango, pereira, macieira, algodoeiro, café, jenipapo, girassol e margarida.

Monocotiledôneas e dicotiledôneas: algumas diferenças:
Entre as angiospermas, verificam-se dois tipos básicos de raízes: fasciculadas e pivotantes.
Raízes fasciculadas - Também chamadas raízes em cabeleira, elas formam numa planta um conjunto de raízes finas que têm origem num único ponto. Não se percebe nesse conjunto de raízes uma raiz nitidamente mais desenvolvida que as demais: todas elas têm mais ou menos o mesmo grau de desenvolvimento. As raízes fasciculadas ocorrem nas monocotiledôneas.
Raízes pivotantes - Também chamadas raízes axiais, elas formam na planta uma raiz principal, geralmente maior que as demais e que penetra verticalmente no solo; da raiz principal partem raízes laterais, que também se ramificam. As raízes pivotantes ocorrem nas dicotiledôneas.

Raiz fasciculada e pivotante, respectivamente


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Em geral, nas angiospermas verificam-se dois tipos básicos de folhas: paralelinérvea e reticulada.
Folhas paralelinérveas - São comuns nas angiospermas monocotiledôneas. As nervuras se apresentam mais ou menos paralelas entre si.




Folhas reticuladas - Costumam ocorrer nas angiospermas dicotiledôneas. As nervuras se ramificam, formando uma espécie de rede.



Existem outras diferenças entre monocotiledôneas e dicotiledôneas, mas vamos destacar apenas a responsável pela denominação dos dois grupos.
O embrião da semente de angiosperma contém uma estrutura chamada cotilédone. O cotilédone é uma folha modificada, associada a nutrição das células embrionárias que poderão gerar uma nova planta.



Sementes de monocotiledôneas: Nesse tipo de semente, como a do milho, existe um único cotilédone; daí o nome desse grupo de plantas ser monocotiledôneas (do grego mónos: 'um', 'único'). As substâncias que nutrem o embrião ficam armazenadas numa região denominada endosperma. O cotilédone transfere nutrientes para as células embrionárias em desenvolvimento.
Sementes de dicotiledôneas: Nesse tipo de semente, como o feijão, existem dois cotilédones - o que justifica o nome do grupo, dicotiledôneas (do grego dís: 'dois'). O endosperma geralmente não se desenvolve nas sementes de dicotiledôneas; os dois cotilédones, então armazenam as substâncias necessárias para o desenvolvimento do embrião.

Vídeo sobre as Angiospermas:






Referências bibliográficas:
http://www.planetabio.com/clas.html 
http://monografias.brasilescola.com/biologia/reproducao-nas-plantas.htm
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos4/plantas.php
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/reino-plantae/reproducao-das-plantas.php
http://www.youtube.com/watch?v=1RDER-hb1TY
http://www.youtube.com/watch?v=6iP-DaDV3cQ
http://www.youtube.com/watch?v=GwMApqsQ6ag
http://reino-animalia.blogspot.com.br/2008/11/porferos.html
http://www.joseferreira.com.br/blogs/biologia/2012/agosto/poriferos-e-cnidarios/
http://gminospermaseangiospermas.blogspot.com.br/
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/biologia/gimnospermas-e-angiospermas-uma-historia-de-sucesso-vegetal.htm