Reino Animale
Atualmente são conhecidas cerca de 1 milhão de espécies pertencentes ao Reino Animal, abrangendo todos os animais, por possuírem características comuns: organismos eucariontes multicelulares heterótrofos, além de obter seus alimentos do meio onde vivem, por ingestão. Podemos encontrar algumas exceções entre os animais devido a fatores como a adaptação, como por exemplo, os endoparasitas que perderam a capacidade de ingerir alimentos e os obtêm por absorção direta dos líquidos do corpo do hospedeiro.
Atualmente são conhecidas cerca de 1 milhão de espécies pertencentes ao Reino Animal, abrangendo todos os animais, por possuírem características comuns: organismos eucariontes multicelulares heterótrofos, além de obter seus alimentos do meio onde vivem, por ingestão. Podemos encontrar algumas exceções entre os animais devido a fatores como a adaptação, como por exemplo, os endoparasitas que perderam a capacidade de ingerir alimentos e os obtêm por absorção direta dos líquidos do corpo do hospedeiro.
Poríferos
Os poríferos ou Porifera (do latim porus, poro +
phoros, portador de) é um filo do reino Animalia, sub-reino Parazoa, onde se
enquadram os animais conhecidos como esponjas. Os poríferos,
também conhecidos como espongiários ou simplesmente esponjas, surgiram
provavelmente há cerca de 1 bilhão de anos. Supõe-se que eles sejam originados
de seres unicelulares e heterótrofos que se agrupam em colônias.
São animais invertebrados, multicelulares, mas suas
células não formam tecidos bem definidos e muito menos se estruturam em órgãos,
porém sua constituição é muito simples, vivem em habitat aquático, predominantemente marinhos,
vivendo presos nas rochas, nas conchas ou outros substratos do fundo do mar ou
dos rios. Geralmente vivem em colônias, possuem tamanho variado e coloração
diversificada.
As espículas são responsáveis pela sustentação do
corpo das esponjas, podem ser de calcário, sílica ou de fibras de espongina.
Esses animais não possuem órgãos especializados
para digestão, excreção ou reprodução. Todas essas funções são realizadas por
diferentes células. São considerados parazoas: animais fora do padrão normal,
sem órgãos, ânus e boca. Não existem órgãos, e as esponjas possuem basicamente
dois tipos de células: coanócitos e os amebócitos.
Coanócitos são células que possuem flagelo e também
uma espécie de colarinho em forme de funil, daí o nome de origem grega: choane (funil)
e kytos (célula).
Amebócitos são células que lembram amebas, essas
células se locomovem livremente por meio de movimentos semelhantes de uma
ameba.
Veja as figuras abaixo:
Coanócitos |
Amebócitos |
As esponjas são chamadas de animais filtradores,
pois seu corpo parece com uma peneira ou filtro; à medida que a água passa por
seus poros, as pequenas partículas de alimentos são retidas ou seja, se
alimentam de minúsculos organismos que vivem na água (bactérias, algas e
protozoários), como não possuem órgãos a digestão é intracelular. Os coanócitos movimentam os flagelos e fazem
uma corrente de água penetrar pelos poros do corpo animal, a água que atravessa
os poros passa pela cavidade central, o átrio e sai por uma abertura situada na
parte de cima, o ósculo. Durante esse processo é feita a filtração da água e os
amebócitos, que também ajudam na digestão das partículas de alimento,
distribuem alimento para outras células.
Existem três formas distintas de
organizações corporais, baseadas no sistema aqüífero:
- Ascanóide:
São as mais simples, tem a forma de um vaso de parede fina, os canais dos
porócitos que perfuram a parede atingem diretamente a espongiocela. A
movimentação dos flagelos dos coanócitos força a expulsão da água pelo ósculo.
-
Siconóides: Tem copo tubular, parede mais espessa com fendas que levam a canais
aferentes, nas paredes dos quais se localizam os porócitos. Estes se comunicam
com canais radias. A movimentação dos flagelos dos coanócitos dos canais
radiais força a água a passar para a espogiocela, que não apresenta
revestimento de coanócitos .
- Leoconóides: Tem a
parede muito espessa onde há aberturas que levam a canis aferentes, os quais
desembocam em câmaras revestidas de coanócitos, as câmaras vibráteis que se comunicam
por canais eferentes com a espongiocela que é um canal estreito e sem
coanócitos. A movimentação da água pelos coanócitos das câmaras vibráteis faz a
água circular no corpo da esponja.
A reprodução das esponjas pode ser assexuada ou sexuada:
- Reprodução
assexuada: ocorre pela formação de brotos, fissão, regeneração ou de
estruturas resistentes ao frio e a dessecação, chamadas gêmulas (são formadas
por uma massa de arqueócitos envolvidos em uma camada espessa de espongina e
microscleras. As gêmulas são produzidas por esponjas de água doce e apenas
algumas espécies marinhas). A reprodução por brotamento consiste na formação de
brotos que podem se liberar e formar um novo indivíduo ou através da liberação
de um agregado de células essenciais (amebócitos). Regeneração pode ocorrer em
algumas esponjas que promovem uma
constrição próximo à base de suas ramificações, que se destacam e regeneram um
novo indivíduo. Pedaços de esponjas removidos podem ser regenerados. Estes
pedaços se fixados artificialmente em substrato sólido e mantidos em ambiente
favorável podem regenerar novas colônias de esponjas. Esponjas vivas
fragmentadas, através da separação das suas células, podem se reorganizar,
formando várias novas esponjas.
- Reprodução
sexuada: algumas esponjas são dióicas (sexos
separados) e outras são monóicas(hermafroditas). não há gônadas para a formação
de gametas, sendo estes originados pelos asqueócitos. A fecundação (interna) e
as primeiras fases do desenvolvimento embrionário ocorrem no interior do
organismo materno.
O Filo Porifera geralmente é
dividido em três classes:
Classe Hexactinellida –
esponjas-de-vidro, têm organização corporal do tipo siconóide, espículas
silicosas com 6 raios (hexactinas), separadas ou unidas em rede, alguns
esqueletos assemelham-se a fios de vidro; são as mais simétricas e
individualizadas entre as esponjas; coanócitos somente em câmaras digitiformes;
corpo geralmente cilíndrico, xícara, vaso ou urna.
Tamanho médio entre 30 e 40 cm, mas
podem atingir 1,0 metro de altura; coloração pálida.
Há um átrio bem desenvolvido com um
único ósculo o qual pode às vezes, estar coberto por uma placa crivada formada
por espículas fundidas.
Revestimento superficial não
apresenta pinacócitos, mas sim uma rede sincicial (massa multinucleada) formada
pelos pseudópodos de amebócitos; longas espículas projetam-se através da rede
sincicial.
São esponjas exclusivamente
marinhas de águas profundas, entre 450 e 900 metros de profundidade, chegando
até 5000 metros, podem ser encontradas em todos os oceanos, mas são mais comuns
no Antártico.
Classe Demospongiae – Apresentam
esqueleto de espículas silicosas, de espongina, de ambas, ou ausente. As
espículas geral mente são monoaxônicas e tetraxônicas. Têm organização corporal
do tipo leuconóide.
Representam 95% das espécies de
esponjas. Estão distribuídas desde águas rasa até grandes profundidades;
coloração brilhante com diferentes cores e toda uma graduação de matizes.
Apresentam os mais diversos padrões
de crescimento, podem ser: incrustantes, ramificadas verticalmente, foliáceas,
forma de urna ou tubular.
As esponjas de água doce pertencem
principalmente à família Spongillidae, que contém a maioria das espécies. Esta
família está distribuída por todo o mundo vivendo em lagos, rios, lagoas e nos
oceanos.
As espongilídeas contêm as
conhecidas esponjas-de-banho, cujo esqueleto é composto apenas de fibras de
espongina.
As esclerosponjas são encontradas
em grutas e túneis associados a recifes de coral, apresentam um invólucro
externo de carbonato de cálcio e esqueleto formado por espículas silicosas e
fibras de espongina. Numerosos ósculos abrem-se na superfície calcária. Esta esponjas
que formavam uma classe de, atualmente
estão incluídas na classe Demospongiae.
Classe Calcarea - esponjas calcárias. Possuem espículas de
carbonato de cálcio do tipo mono, tri ou tetráxonas e encontram-se geralmente
separadas umas das outras. Apresentam os três tipos de organização corporal:
asconóide, siconóide e leuconóide.
Têm cor geralmente apagada, mas
algumas espécies podem ser amarelo-brilhante, vermelhas ou lavanda. São de
porte pequeno, a maioria com 10 cm de altura.
São exclusivamente marinhas e
ocorrem em todos os oceanos do mundo. Vivem preferencialmente nas águas
costeiras e rasas.
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