Reino Plantae
As plantas são seres pluricelulares
e eucariontes. Nesses aspectos elas são semelhantes aos animais e a muitos
tipos de fungos; entretanto, têm uma característica que as distingue desses
seres - são autotróficas, seres autotróficos são aqueles que produzem o próprio
alimento pelo processo da fotossíntese.
Utilizando a luz, ou seja, a
energia luminosa, as plantas produzem a glicose, matéria orgânica formada a
partir da água e do gás carbônico que obtêm do alimento, e liberam o gás
oxigênio.
As plantas cobrem boa parte dos
ambientes terrestres do planeta. Mas na realidade existem vários tipos de
planta e elas ocupam os mais diversos ambientes.
Gimnospermas
As gimnospermas (do grego Gymnos:
'nu'; e sperma: 'semente') são plantas terrestres que vivem, preferencialmente,
em ambientes de clima frio ou temperado. No Brasil estão localizadas
principalmente na mata das Araucárias no sul do país (pinheiro-do-paraná) e são
muito utilizadas como plantas ornamentais em jardins de casas e em praças
públicas. Há produção de sementes: elas se
originam nos estróbilos femininos. No entanto, as gimnospermas não produzem
frutos. Suas sementes são "nuas", ou seja, não ficam encerradas em
frutos.
As gimnospermas do grupo das
coníferas são muito utilizadas na extração de madeira, papel, gomas e resinas
que são usadas como substâncias anti-sépticas.
Reprodução
das gimnospermas
O pinheiro-do-paraná (Araucária
angustifólia) como modelo para explicar a reprodução das gimnospermas. Nessa
planta os sexos são separados: a que possui estróbilos masculinos não possuem
estróbilos femininos e vice-versa. Em outras gimnospermas, os dois tipos de
estróbilos podem ocorrer numa mesma planta.
O estróbilo masculino produz
pequenos esporos chamados grãos de pólen. O estróbilo feminino produz
estruturas denominadas óvulos. No interior de um óvulo maduro surge um grande
esporo. Quando um estróbilo masculino se abre e libera grande quantidade de
grãos de pólen, esses grãos se espalham no ambiente e podem ser levados pelo
vento até o estróbilo feminino. Então, um grão de pólen pode formar uma espécie
de tubo, o tubo polínico, onde se origina o núcleo espermático, que é o gameta
masculino. O tubo polínico cresce até alcançar o óvulo, no qual introduz o
núcleo espermático.
No interior do óvulo, o grande
esporo que ele abriga se desenvolve e forma uma estrutura que guarda a oosfera,
o gameta feminino. Uma vez no interior do óvulo, o núcleo espermático fecunda a
oosfera, formando o zigoto. Este, por sua vez, se desenvolve, originando um
embrião. À medida que o embrião se forma, o óvulo se transforma em semente,
estrutura que contém e protege o embrião.
Araucárias |
Cones ou estróbilos |
Ciclo de reprodução |
Nos pinheiros, as sementes são
chamadas pinhões. Uma vez formados os pinhões, o cone feminino passa a ser
chamado pinha. Se espalhadas na natureza por algum agente disseminador, as
sementes podem germinar. Ao germinar, cada semente origina uma nova planta.
A semente pode ser entendida como
uma espécie de "fortaleza biológica", que abriga e protege o embrião
contra desidratação, calor, frio e ação de certos parasitas. Além disso, as
sementes armazenam reservas nutritivas, que alimentam o embrião e garantem o
seu desenvolvimento até que as primeiras folhas sejam formadas. A partir daí, a
nova planta fabrica seu próprio alimento pela fotossíntese.
A pinha e
a semente (pinhão) da Araucária
|
Vídeo sobre Gimnospermas:
Angiospermas
Atualmente são conhecidas cerca de
350 mil espécies de plantas - desse total, mais de 250 mil são angiospermas.
A palavra angiosperma vem do grego
angeios, que significa 'bolsa', e sperma, 'semente'. Essas plantas representam
o grupo mais variado em número de espécies entre os componentes do reino
Plantae ou Metaphyta.
Flores e frutos: aquisições
evolutivas
As angiospermas produzem raiz,
caule, folha, flor, semente e fruto. Considerando essas estruturas, perceba
que, em relação às gimnospermas, as angiospermas apresentam duas
"novidades": as flores e os frutos.
A flor e o fruto do maracujá |
As flores podem ser vistosas tanto
pelo colorido quanto pela forma; muitas vezes também exalam odor agradável e
produzem um líquido açucarado - o néctar - que serve de alimento para as
abelhas e outros animais. Há também flores que não têm peças coloridas, não são
perfumadas e nem produzem néctar. Coloridas e perfumadas ou não, é das flores
que as angiospermas produzem sementes e frutos.
As partes da flor
Os órgãos de suporte – órgãos que
sustentam a flor, tais como:
• pedúnculo – liga a flor ao resto
do ramo.
• receptáculo – dilatação na zona
terminal do pedúnculo, onde se inserem as restantes peças florais.
Órgãos de proteção
Órgãos que envolvem as peças
reprodutoras propriamente ditas, protegendo-as e ajudando a atrair animais
polinizadores. O conjunto dos órgãos de proteção designa-se perianto. Uma flor
sem perianto diz-se nua.
• cálice – conjunto de sépalas, as
peças florais mais parecidas com folhas, pois geralmente são verdes. A sua
função é proteger a flor quando em botão. A flor sem sépalas diz-se assépala.
Se todo o perianto apresentar o mesmo aspecto (tépalas), e for semelhante a
sépalas diz-se sepalóide. Neste caso diz-se que o perianto é indiferenciado.
• corola – conjunto de pétalas,
peças florais geralmente coloridas e perfumadas, com glândulas produtoras de
néctar na sua base, para atrair animais. A flor sem pétalas diz-se apétala. Se
todo o perianto for igual (tépalas), e for semelhante a pétalas diz-se
petalóide. Também neste caso, o perianto se designa indiferenciado.
Órgãos de reprodução
Folhas férteis modificadas,
localizadas mais ao centro da flor e designadas esporófilos. As folhas férteis
masculinas formam o anel mais externo e as folhas férteis femininas o interno.
• androceu – parte masculina da
flor, é o conjunto dos estames. Os estames são folhas modificadas, ou
esporófilos, pois sustentam esporângios. São constituídas por um filete (corresponde
ao pecíolo da folha) e pela antera (corresponde ao limbo da folha);
• gineceu – parte feminina da flor,
é o conjunto de carpelos. Cada carpelo, ou esporófilo feminino, é constituído
por uma zona alargada oca inferior designada ovário, local que contém óvulos.
Após a fecundação, as paredes do ovário formam o fruto. O carpelo prolonga-se
por uma zona estreita, o estilete, e termina numa zona alargada que recebe os
grãos de pólen, designada estigma. Geralmente o estigma é mais alto que as
anteras, de modo a dificultar a autopolinização.
Os frutos contêm e protegem as
sementes e auxiliam na dispersão na natureza. Muitas vezes eles são coloridos,
suculentos e atraem animais diversos, que os utiliza como alimento. As sementes
engolidas pelos animais costumam atravessar o tubo digestivo intactas e são
eliminadas no ambiente com as fezes, em geral em locais distantes da
planta-mãe, pelo vento, por exemplo. Isso favorece a espécie na conquista de
novos territórios.
Os dois grandes grupos de
angiospermas:
As angiospermas foram subdivididas
em duas classes: as monocotiledôneas e as dicotiledôneas.
São exemplos de angiospermas
monocotiledôneas: capim, cana-de-açúcar, milho, arroz, trigo, aveias, cevada,
bambu, centeio, lírio, alho, cebola, banana, bromélias e orquídeas.
São exemplos de angiospermas
dicotiledôneas: feijão, amendoim, soja, ervilha, lentilha, grão-de-bico,
pau-brasil, ipê, peroba, mogno, cerejeira, abacateiro, acerola, roseira,
morango, pereira, macieira, algodoeiro, café, jenipapo, girassol e margarida.
Monocotiledôneas e dicotiledôneas:
algumas diferenças:
Entre as angiospermas, verificam-se
dois tipos básicos de raízes: fasciculadas e pivotantes.
Raízes fasciculadas - Também
chamadas raízes em cabeleira, elas formam numa planta um conjunto de raízes
finas que têm origem num único ponto. Não se percebe nesse conjunto de raízes
uma raiz nitidamente mais desenvolvida que as demais: todas elas têm mais ou
menos o mesmo grau de desenvolvimento. As raízes fasciculadas ocorrem nas
monocotiledôneas.
Raízes pivotantes - Também chamadas
raízes axiais, elas formam na planta uma raiz principal, geralmente maior que
as demais e que penetra verticalmente no solo; da raiz principal partem raízes
laterais, que também se ramificam. As raízes pivotantes ocorrem nas dicotiledôneas.
Raiz
fasciculada e pivotante, respectivamente
.
|
Em geral, nas angiospermas
verificam-se dois tipos básicos de folhas: paralelinérvea e reticulada.
Folhas paralelinérveas - São comuns
nas angiospermas monocotiledôneas. As nervuras se apresentam mais ou menos
paralelas entre si.
Folhas reticuladas - Costumam
ocorrer nas angiospermas dicotiledôneas. As nervuras se ramificam, formando uma
espécie de rede.
Existem outras diferenças entre
monocotiledôneas e dicotiledôneas, mas vamos destacar apenas a responsável pela
denominação dos dois grupos.
O embrião da semente de angiosperma
contém uma estrutura chamada cotilédone. O cotilédone é uma folha modificada,
associada a nutrição das células embrionárias que poderão gerar uma nova
planta.
• Sementes de monocotiledôneas: Nesse tipo de semente, como a do milho, existe um único cotilédone; daí o nome
desse grupo de plantas ser monocotiledôneas (do grego mónos: 'um', 'único'). As
substâncias que nutrem o embrião ficam armazenadas numa região denominada
endosperma. O cotilédone transfere nutrientes para as células embrionárias em
desenvolvimento.
• Sementes de dicotiledôneas: Nesse
tipo de semente, como o feijão, existem dois cotilédones - o que justifica o
nome do grupo, dicotiledôneas (do grego dís: 'dois'). O endosperma geralmente
não se desenvolve nas sementes de dicotiledôneas; os dois cotilédones, então
armazenam as substâncias necessárias para o desenvolvimento do embrião.
Vídeo sobre as Angiospermas:
Referências
bibliográficas:
http://www.planetabio.com/clas.html
http://monografias.brasilescola.com/biologia/reproducao-nas-plantas.htm
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos4/plantas.php
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/reino-plantae/reproducao-das-plantas.php
http://www.youtube.com/watch?v=1RDER-hb1TY
http://www.youtube.com/watch?v=6iP-DaDV3cQ
http://www.youtube.com/watch?v=GwMApqsQ6ag
http://reino-animalia.blogspot.com.br/2008/11/porferos.html
http://www.joseferreira.com.br/blogs/biologia/2012/agosto/poriferos-e-cnidarios/
http://gminospermaseangiospermas.blogspot.com.br/
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/biologia/gimnospermas-e-angiospermas-uma-historia-de-sucesso-vegetal.htm
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